Roda de capoeira, dança afro, muito
batuque, canções emblemáticas da axé music e muito alegria marcaram o desfile
do projeto Encantarte na 37ª Lavagem do Beco do Fuxico em Itabuna, realizada no
sábado, dia 7.
Os jovens do bairro Maria Pinheiro levaram para a avenida o
que tem de melhor: a mistura de ritmos, as performances
coreográficas, o ballet, a dança.
A percussão, comandada por um dos fundadores do projeto, Egnaldo França, foi o responsável por agitar os foliões, que
assistiram ao espetáculo. O desfile do Encantarte, realizado com o apoio da
FICC, contou ainda com a colaboração de dois grupos: o “Batambo”, da cidade de
Ubatã, e o “Timbalando”, que abrilhantaram ainda mais a apresentação. “O
Encantarte é a voz da periferia, a força que trabalha a cultura baiana, a gente
canta a periferia, e a nossa maior inspiração são os jovens, as pessoas veem a
periferia como antro de marginalidade de violência e não é assim, na periferia
tem gente do bem e precisa ser respeitada. A Lavagem do Beco do Fuxico é a
oportunidade que o Encantarte tem de mostrar isso, a periferia tem axé, paz e
muita música”, disse Egnaldo França, que explicou ainda que o desfile homenageou o inspirador do projeto,
o diretor artístico Mario Gusmão, responsável pela formação de muitos artistas
baianos.
Recriando com arte jovens do Projeto Encantarte fazem instrumentos |
O professor Roberto José da Silva,
presidente da FICC, afirmou que o papel da Fundação é apoiar as manifestações
locais. “Estamos cumprindo com a função institucional, e a cada ano vamos expandindo
a cultura com eventos culturais aqui realizados”, acrescenta Roberto.
Contou ainda Egnaldo França que no dia 27 de fevereiro o Encantarte estará
debutando. “São 15 anos proporcionando alternativas de cultura e educação como
caminhos para os jovens se afastarem da marginalidade”, contou o líder.
Para o estudante Jevan Guimarães dos
Santos, 15 anos, percussionista do projeto Encantarte há cinco anos, morador do
bairro Maria Pinheiro, o projeto transformou sua vida e o seu pensamento: “Hoje
penso em um futuro próspero, em ser um músico reconhecido e para isso preciso
estudar”.
Texto: Villiane Reis. Fotos: Eric Thadeu Nascimento Souza.
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