sexta-feira, dezembro 29, 2006

Reflexos psicológicos da família vítima de violência

I Seminário em Defesa da Vida:
Uma Visão Multidisciplinar da Violência contra a Mulher

Mesa Redonda: Violência Domestica e Familiar

“Reflexos psicológicos da família vítima de violência”

Ledayane Machado*

O fenômeno da violência domestica no Brasil e no mundo, incidindo fundamentalmente sobre a vida e a saúde das crianças, idosos e, sobretudo, mulheres, com sérias e graves conseqüências, não só para o seu pleno e integral desenvolvimento pessoal, mas comprometendo o exercício da cidadania e dos direitos humanos. (Saúde-prev).
O termo “violência doméstica” é usado para descrever as ações e omissões que ocorrem nas variadas relações intra-residenciais e também se aplica à violência psicológica e ao abuso, de ordem física, sexual e psicológica, à criança e ao adolescente.
É possível observar que os efeitos provocados pela violência doméstica alcançam dimensões extremas, embora não seja possível ter uma noção exata da dimensão deste tipo de violência. Além das conseqüências físicas estas mulheres estão expostas a sofrerem dificuldades de ordem psíquica, nos aspectos emocionais, ansiedade, depressão e problemas psicossomáticos em doses significativamente elevados aos que não são alvos de atos de violência. Vivem em constante estado de estress e experênciam medo, do maior ao menor grau, perante a agressão iminente.
As conseqüências adversas da violência familiar não estão confinadas a vítima do abuso. O próprio agressor pode sofrer as conseqüências do seu comportamento que também é refletido nos familiares e outras pessoas que tentam intervir, pois correm o risco de também serem agredidas.
Atualmente se discute os efeitos nos filhos que presenciam atos de violência contra suas mães e os distúrbios comportamentais que podem surgir na vida adulta e tem-se observado que tais crianças possuem menor capacidade de socialização.
Estudos sugerem que se durante a infância se presencia uma relação conflituosa e violenta entre os pais, isso pode “potencializar” seriamente a prática de crimes graves na idade adulta (por ex: agressões, tentativas de praticas de crimes graves na idade adulta, violação, homicídio consumado). Antes de ser possível proferir afirmações categóricas quanto às respectivas seqüelas é necessário à realização de estudos mais sistemáticos sobre o efeito da violência.
A violência dirigida à criança, mulheres e idosos constituem atualmente um dos mais graves problemas de saúde pública. Este fenômeno não se observa só no Brasil mais também em outros paises. A violência domestica e intra-familiar é, sem duvida, responsável por milhares de crianças, adolescentes, mulheres e idosos vitimas no Brasil. Como observam Minayo e Souza (1999).
“Ate bem pouco tempo o setor de saúde olhou para o fenômeno da violência, como mero espectador, um contador de eventos e reparador de estragos provocados pelos conflitos sociais”.
Segundo as autoras, a atuação da área de saúde começa a mudar, timidamente, na década de 70, quando a pediatria americana passa a identificar a questão dos maus tratos contra os indivíduos como um problema clínico social.
Cabe, portanto, aos que compartilham desse objeto de estudo o comportamento de trabalhar com medidas preventivas, mostrando a importância do valor da vida e dignidade humana.

* Estagiária do SAJUP, Serviço de Apoio Jurídico e Psicológico e estudante de Psicologia da FTC – Itabuna.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Para Reflexão - Autor não informado

"Era uma vez um menininho que tinha um mau temperamento. O pai dele deu um saco de pregos a ele e disse que para cada vez que o menino perdesse a calma, ele deveria pregar um prego na cerca.
No primeiro dia, o menino pregou 17!!!!
Nas semanas seguintes, como ele aprendeu a controlar seu temperamento, o número de pregos pregados na cerca diminuiu gradativamente... Ele descobriu que era mais fácil se segurar do que pregar aqueles pregos na cerca. Finalmente o dia chegou quando o menino não perdeu a calma mesmo.
Ele então falou a seu pai sobre isto e o pai sugeriu que o menino agora tirasse da cerca, um prego por cada dia que ele não perdesse a calma. Os dias passaram e o menininho então estava finalmente pronto para dizer a seu pai que tinha retirado todos os pregos da cerca. O pai então o pegou pela mão e foram até à cerca.
O pai disse: "Você fez muito bem meu filho, mas veja os buracos que restaram na cerca. A cerca nunca mais será a mesma! Quando você fala algumas coisas com raiva, elas deixam cicatrizes como esta aqui.
Você pode enfiar a faca em alguém e retirá-la. Não importa quantas vezes você diz desculpe, a ferida ainda está lá. Um ferimento verbal é a mesma coisa que um ferimento físico."

sábado, dezembro 16, 2006

I Seminário em Defesa da Vida



Centro Vidi e FTC discutem violência contra a mulher
O evento tem a finalidade de estimular debates e transmissão de conhecimentos sobre a violência contra a mulher no eixo regional

Com o tema “Uma Visão Multidisciplinar da Violência Contra a Mulher”, o curso de Psicologia da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Itabuna, juntamente com o Serviço de Apoio Jurídico e Psicológico (Centro Vidi - Sajup), que atende na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Itabuna, encerrou no dia 01/12 o 1º Seminário em Defesa da Vida. O evento realizado desde quinta-feira (30) teve a finalidade de viabilizar um espaço para transmissão de conhecimentos e promoção de debates sobre a violência praticada contra a mulher no âmbito regional.
Durante o Seminário em Defesa da Vida, os acadêmicos de Psicologia e Direito da FTC e Uesc apresentaram os resultados das atividades de extensão realizadas junto ao Sajup, com as mulheres vítimas de violência que são atendidas na Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher. De acordo com os coordenadores do Sajup, Tácio Dê Boaventura e Marta Pereira Santos, o evento integra as ações de mobilização dos 16 dias de ativismo de não violência contra as mulheres, iniciada no último dia 25 de novembro - Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, e vai até o dia 10/12, quando se comemora o Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O professor André Luiz Fonseca deu sua contribuição ao evento ministrando uma conferência na abertura, dia 30/11, sobre “Uma visão multidisciplinar da violência contra a mulher”. No dia 01/12 houve uma palestra, às 8 horas, sobre “A Lei Maria da Penha e o Combate à Violência Contra a Mulher”, proferida pela Dra. Lisdeili Nobre Guimarães, Delegada Titular da DEAM - Itabuna. Na seqüência, a professora Marta Santos presidiu uma mesa-redonda, quando na oportunidade acadêmicos da FTC debateram sobre a violência doméstica e familiar.
No período da manhã, a programação foi encerrada pela delega adjunta da DEAM, Dra. Ivete Santana de Oliveira, que na oportunidade discorreu sobre “A Deam e o Serviço a Comunidade”. À tarde, tiveram mais duas rodadas de debates com a participação do juiz de Direito da Vara Crime de Itabuna, Luiz Antônio Bezerra, e da Dra. Valkyria Magalhães, além de uma palestra sobre “Prevenção a Violência e o Serviço de Apoio Jurídico e Psicológico”, ministrada pelo coordenador do Sajup, Tácio Dê Boaventura Santos.

Vida e Dignidade

Vida e Dignidade

Não basta defender a vida, temos que lutar por uma vida digna. Com esse princípio o Centro Vidi oferece, desde março de 2006, uma série de projetos de apoio jurídico e psicológico a vítimas de violência, em especial à mulheres, crianças e adolescentes, além de promover o debate sobre os temas relacionados à defesa intransigente dos Direitos Humanos.
Como mais um passo nesse trabalho estaremos disponibilizando esse espaço para a troca de informações a fim de proporcionar um maior conhecimento e a ampliação dde nossos projetos.
Seja VIDI!!!