sexta-feira, novembro 21, 2014

Cortejo de Zumbi foi ponto alto do Dia da Consciência Negra em Itabuna


Maria Domingas em depoimento na Roda de Conversas "Mulheres Negras" no Centro de Cultura Adonias Filho
 Nesta quinta-feira, ao som de atabaques, chocalhos e outros instrumentos musicais afro-brasileiros e com indumentárias, o cortejo em homenagem a Zumbi dos Palmares, saiu às 17 horas do Jardim do Ó em direção ao monumento Berimbau, na Avenida Princesa Isabel, no Banco Raso. Foi o ponto culminante das festividades promovidas pelo Coletivo de Entidades Negras de Itabuna e do Comitê Gestor Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Dia da Consciência Negra para que seja lembrado um dos líderes de nossa história desde o Brasil Colonial.
Na tarde de quinta, relatos de preconceito na roda de conversa “Mulheres Negras”, no Centro de Cultura Adonias Filho, emocionaram as pessoas que participaram da atividade. Além disso, foram apresentados testemunhos dos que conviveram e ainda convivem com o preconceito étnico-racial no dia-a-dia. “Foi um evento de reflexão sob o tema e sobre a inserção do negro na sociedade brasileira com a troca de impressões e experiências marcantes”, disse Lula Dantas, presidente da ACAI.
“A luta não tem sido fácil. Mas, mesmo assim já conseguimos colocar a nossa representação nos Conselhos Deliberativos existentes no munícipio, para que haja representatividade nas causas que só nós conhecemos de perto. Precisamos nos fortalecer ainda mais em todos os segmentos”, afirma. Para o líder negro, as ações desse Mês da Consciência Negra são voltadas à discussão, conscientização e para que as pessoas lembrem que ainda se precisa de politicas publicas mais consistentes para as questões identitárias.
Rodas de Conversa no Centro de Cultura Adonias Filho
Um dos momentos mais marcantes foi o relato da trajetória de vida da educadora, psicóloga e coordenadora do Movimento Negro Unificado, Maria Domingas Mateus de Jesus. Filha de agricultores, ela saiu da cidade de Ituberá, no Baixo Sul do Estado, e aqui conseguiu se firmar no mercado de trabalho. “Meu pai sobrevivia aqui em Itabuna da pesca no Rio Cachoeira. Muitas vezes o peixe por ele pescado era o único alimento na nossa mesa”, contou.
E acrescentou: “Certa vez, pai não tinha chegado da pescaria e minha mãe me disse: ‘você não vai à escola’. Mas fui, porque sabia que lá teria merenda. Neste dia, a professora que nunca se aproximou de mim, colocou-me de castigo, porque eu disse que a filha dela era metida. Isso sempre me marcou”, contou a educadora emocionada.
Maria Domingas ainda assiste a manifestações de preconceito como a que sofreu no condomínio onde mora. “No meu prédio, parece mentira, mas muitos ainda me olham desconfiados. Outro dia eu fui até a piscina com minha filha e uma moradora chegou a perguntar à síndica o que eu estava fazendo ali. Recebeu como resposta que eu era moradora e se calou”, relatou.
O Dia da Consciência Negra é uma data para se lembrar da resistência do negro à escravidão, desde o primeiro transporte de africanos em navios negreiros para o solo brasileiro pelos colonizadores portugueses, em 1549. O 20 de novembro é a data escolhida por coincidir com o dia da morte de “Zumbi dos Palmares”, em 1695, aos 40 anos de idade. Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra.
Promovidas com o apoio da Prefeitura de Itabuna as rodas de conversa no Centro de Cultura Adonias Filho contaram ainda com o apoio e participação de diversos movimentos, grupos afros e entidades como o Ponto de Cultura Afro Itabunense, Ilê Axé Oya Funké, ilê Axé Iya Omi, Ilê Axé Ejêxá. Também pela Unegro, Projeto Afro Encantarte, Regional do Plano Juventude Vida do Governo Federal, Ponto de Cultura ACAI e Associação Santa Cruz do Ijexá (Terreira de Ruy Póvoas), Coletivo a Coisa Tá Ficando Preta e do Cine Club Mocambo.
Fonte: Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Itabuna

quinta-feira, julho 31, 2014

ZONA AZUL: EMPRESAS TEM QUE PAGAR POR CARROS FURTADOS

As Prefeituras, optando pela cobrança de remuneração pelos estacionamentos em vias públicas de uso comum do povo, tem o dever de vigiá-los e responsabilidade pelos danos ali ocorridos. Assim decidiu a 1ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de São Paulo, confirmando sentença da comarca de Itirapina, quando condenou a empresa que administra a Zona Azul de São Carlos a pagar indenização no valor de R$ 18,5 mil ao motorista Irineu Camargo de Souza de Itirapina/SP, que teve o carro furtado quando ocupava uma das vagas do sistema de Zona Azul daquele município, formando, assim, jurisprudência que poderá ser utilizada em situações análogas. 

Pela lógica, não há como se admitir que uma empresa privada explore um bem público e cobre uma tarifa do cidadão sem oferecer uma contrapartida. É só pensar nas empresas que exploram os pedágios nas estradas e que são obrigadas a conservar as rodovias que estão sob seus cuidados. Ao cobrar pelo aluguel de um espaço público, a empresa que explora a Zona Azul atrai para si o que o Código Civil denomina de “dever de guarda”. Instituto jurídico comum nos contratos com estacionamentos privados, que obriga o contratado a zelar pela guarda do veículo e entregá-lo no mesmo estado em que se encontrava no momento em que ali foi estacionado.

Portando as empresas privadas que se submeteram a um processo licitatório junto à Administração Pública para poderem explorar o serviço de estacionamento rotativo devem ser equiparadas aos estacionamentos particulares, uma vez que prestam serviços do mesmo gênero e recebem a contraprestação do contratante. Não tem como se admitir a alegação de que a responsabilidade da permissionária consiste apenas no controle do tempo de parqueamento.

É preciso, para o pleno exercício da cidadania, informação. Fique atento!!!! INDEPENDENTEMENTE DO SEGURO PARTICULAR, AGORA PODEMOS EXECUTAR AS EMPRESAS QUE ADMINISTRAM AS ZONAS AZUIS!!!! 

Vamos fazer essa informação circular. Divulgue, compartilhe, marque seus amigos! Esta informação é muito válida para nós contribuintes, vamos aproveitar e exercer o nosso direito!!!

quarta-feira, julho 16, 2014

Ariano Suassuna em Salvador

Hoje, 16 de Julho (quarta-feira), às 20h, o poeta, ensaísta, romancista e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, 87 anosretorna à Sala Principal do Teatro Castro Alves para uma aula-espetáculo, onde irá discutir sobre arte, mercado e identidade cultural em um debate marcado pela clareza e coerência de seus pensamentos. A entrada será franca, mas sujeita à lotação da sala. 

A aula será apenas uma das possibilidades que o público baiano terá de conhecer um pouco mais sobre o escritor e suas ideias, já que o evento faz parte do projeto “Ariano Suassuna – Arte como Missão”, idealizado por Elias Sabbag e Marco Azevedo, e que já passou por Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro e Recife. O objetivo da iniciativa é mesclar formas midiáticas para homenagear Suassuna. Além da aula-espetáculo no TCA, acontecerão no Foyer da Caixa Cultural Salvador, na Rua Carlos Gomes, até 26 de julho, uma exposição fotográfica e um ciclo de filmes relativos ao pensamento, vida e obra do autor.

Ariano Suassuna – O autor é o principal teórico do Movimento Armorial, que defende a criação de uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro, e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e da Academia Paraibana de Letras. Ganhou popularidade quando sua principal obra, “Auto da Compadecida” (1955), foi adaptada para a televisão, em 1999. Suassuna é um grande defensor e profundo conhecedor da cultura popular brasileira e possui obras traduzidas para sete idiomas.

Os ingressos – 02 (dois) por pessoa – devem ser retirados no dia do evento, somente na bilheteria do TCA, no Campo Grande, a partir das 12 horas.

Data: 16/07/2014 a 19/07/2014

Horário: 20:00

Valor: Gratuito.