segunda-feira, abril 30, 2007

Ninguém é uma Ilha

Letícia Thompson

Colhemos o que plantamos.Precisamos estar conscientes que tudo
o que fazemos tem uma repercursão
um dia ou outro.
Mas colhemos também o que não plantamos.
Como estamos nessa terra imensa que gira,
gira e sempre volta ao mesmo lugar,
colhemos o que plantam outras pessoas,
feliz e infelizmente.

Colhemos o que plantam nossos filhos,
pais, amigos...
e a sociedade de forma geral.
Todos os caminhos que escolhemos
geram mudanças nas vidas de outras
pessoas e vice-versa.

Se fôssemos uma ilha,
tudo estaria centrado em nós.
Teríamos o mundo em volta
e sobreviveríamos.
Mas não...
não somos uma ilha e precisamos
uns dos outros.

Uma ilha, por mais bela que seja,
isolada no meio de um oceano,
sem dar e sem receber,
não passa de uma ilha solitária.


Não podemos viver sós, a sós,
só pensar em nós.
Não fomos feitos pra isso.
Precisamos de amor, compreensão,
do dar e receber,
de mãos estendidas e precisamos
compartilhar.

O convívio com outras pessoas
é enriquecedor e acontece de ser
também cheio de desapontamentos,
o que nos faz crer que seria melhor
evitar relacionamentos.


Muitas vezes é justamente quando
alguma coisa dói em nós que
nos sentimos vivos.
Percebemos que ainda temos sensibilidade,
emoções que se afloram e nos
fazem até chorar,
mas são elas que dão sentido
à nossa vida.


Precisamos sentir a vida e os corações
que pulsam dentro dela,
provar do amargo e do doce e ter
a certeza de não estarmos sós.


A solidariedade é a ponte que
vai nos ligando uns aos outros,
como uma grande corrente onde
mãos se tocam e se sustentam
e dizem ao mesmo tempo:
"preciso de você"e "pode contar comigo."

Um comentário:

Ana Maria C. Bruni disse...

Amar a Deus sobre todas as coisas.

Amar ao próximo como a ti mesmo.

Síntese da Paz

Ana Maria C. Bruni