domingo, março 04, 2007

Assedio Moral e Sexual da Mulher no Trabalho

I Seminário em defesa da vida:
Uma visão multidisciplinar da violência contra a mulher

Mesa redonda: A violência contra a mulher e uma cultura para os direitos humanos
Assedio Moral e Sexual da Mulher no Trabalho

ANA CAROLINE MOURA CABRAL
Você é inútil. Você é mesmo difícil... Não consegue aprender as coisas mais simple! Até uma criança faz isso... E só você não consegue! Lugar de doente é no hospital... Aqui é para trabalhar. Como você pode ter um currículo tão extenso e não consegue fazer essa coisa tão simples?
Afirmações como essas são citadas no ambiente de trabalho contra mulheres freqüentemente, esse abuso, na maioria dês vezes, é cometido pelo chefe e chama-se de assedio moral.
A discriminação das mulheres no trabalho é fruto de uma construção histórica da imagem feminina, pois a abordagem desenvolvida pela psicologia sócio-historica oferece –nos o olhar para entendermos comportamentos atuais que são reflexos da historia na humanidade.Segundo Marlene Neves (1998), a subordinação da mulher pode ser relatada desde os primatas, ressaltando teorias, como a sociobiológica e a estruturalista.
Podemos falar em subordinação de gênero quando as mulheres não estão no controla das instituições que determinam as políticas que afetam as mulheres, tais, como os direitos reprodutivos a paridade nas praticas de emprego. Discriminação nos salários e nas promoções são exemplos de subordinação das mulheres na nossa sociedade.(Neves, 1998).
Afinal o que acontece com as mulheres? Nessa na visão sócio histórica explicasse o funcionamento da sociedade através do movimento dialético, o qual representa a “repetição” dos comportamentos que podem ate ser vivenciado com uma outra roupagem.
A subordinação da mulher no trabalho não mais impedida de ir “a caça”, e agora sim verificamos nos extratos mundiais essa discriminação, pois as mulheres detêm 1% da riqueza mundial e ganham 10% das receitas mundiais, em media as mulheres ganham 30% a menos que os homens.
Alem do assedio moral, a mulher também é vitima do assedio sexual, que é um tipo de coerção de caráter sexual e caracteriza-se por ameaça insinuação de ameaça ou hostilidade contra a subordinada com fundamento em sexismo.
No atendimento psicológico do SAJUP, entre os acolhimentos realizados é valido ressaltar o caso do ser humano W.W trata-se de uma mulher com 28 anos que fora assediada moral e sexualmente por seu colega de trabalho que ocupava um cargo maior que o dela no ambiente da empresa. W após três meses da queixa registrada manifesta tremores no corpo, choro compulsivo ao relato dos fatos. A vitima relata não dormir dores de cabeça e diz sentir uma angustia na se sentindo a vontade nem capaz de continuar trabalhando. O assedio moral e sexual resulta também no que chamamos de violência psicológica uma vez que agredida, ferida e violentada emocionalmente ai existe a violência psicológica ou violência emocional, dessa forma vitimas de violência tendem a somatizarem os maus tratos e apresentarem doenças psicossomáticas.
Poderíamos nos indagar a respeito da função do profissional de psicologia, uma vez que o comportamento apresentado é resultado de fatores históricos e muitas vezes determinantes na conduta dos seres humanos em relação do seu próprio viver. Em Ana Bock (1997), poderíamos dizer que as pessoas sabem tudo sobre si mesmas, e o psicólogo possui instrumentos adequados para desvendar esse saber, para organizá-lo e para torná-lo na transformação do ser e sua ação sobre o mesmo. E dessa forma, percebermos a importância da intervenção contra a violência contra a mulher como nos mostra uma citação da campanha que “alem do corpo a violência atinge a alma e destrói os sonhos e a dignidade da mulher”.
Estagiaria de Psicologia do SAJUP

Nenhum comentário: